| "Requisito previsto no RBAC 153 o cumprimento de 900 metros de extensão do sistema ALS. Imagem: TMA Londrina / Google Earth" |
Fonte: SEI/ANAC Nota Técnica Nota Técnica nº 415/2025/OBRAS/GTEA/GCOP/SIA <acesse aqui>.
| "Requisito previsto no RBAC 153 o cumprimento de 900 metros de extensão do sistema ALS. Imagem: TMA Londrina / Google Earth" |
RBAC nº154 – 154.305 (q) (2) (iii) (B) – “em uma pista de aproximação de precisão Categoria I, em, no mínimo, o número de luzes que seria necessário se as luzes fossem distribuídas uniformemente em intervalos de 3 metros, entre as fileiras de luzes de borda de pista de pouso e decolagem”.
Para que a via da SCI esteja conforme:154.223(a)(5) exige que exista uma posição de espera implantada na via, antes da pista.154.223(b)(1) exige que essa posição de espera esteja a pelo menos 90 metros do eixo da pista (para ILS Cat I, código 4), salvo ajustes específicos justificados sem infringir a transição interna e áreas críticas/sensíveis.
| "Embraer E1 ERJ-195 taxiando no pátio do Aeroporto de Londrina". |
A Prefeitura de Londrina divulgou, por meio de reportagem assinada por Dayane Albuquerque no portal oficial do Município, avanços significativos na implantação do sistema de pouso por instrumentos ILS e no desenvolvimento do projeto da nova taxiway do Aeroporto Governador José Richa. A matéria registra que, segundo o prefeito Tiago Amaral, “o ILS é um marco para Londrina”, e a previsão é inaugurá-lo em 10 de dezembro, aniversário de 91 anos da cidade, como forma de entregar “um equipamento do tamanho que Londrina merece”.
O texto relata que a reunião entre Prefeitura e Motiva ocorreu em formato híbrido, com a presença de secretarias municipais, da gerente do aeroporto, Daiane Persicotti, e da equipe técnica da concessionária. A publicação destaca um ponto central: a formalização da doação do projeto executivo da taxiway, elaborado com apoio do empresário Alfons Gardemann, proprietário da Pado, em parceria com a MSE Engenharia. A reportagem aponta que esta etapa viabiliza o próximo ciclo de investimentos e acelera o processo para futura licitação.
De acordo com a notícia, a nova taxiway possui extensão aproximada de 2 km e representa investimento estimado entre 20 e 40 milhões de reais. O secretário de Recursos Humanos, Rodrigo Souza, citado diretamente na matéria, afirma que a sociedade “clama por um aeroporto que tenha menos atrasos” e que a taxiway resolverá gargalos operacionais, além de reduzir custos para as companhias aéreas. A reportagem também informa que o Município pretende assegurar recursos até abril de 2026 para então licitar a obra no primeiro semestre do próximo ano.
A gerente do aeroporto, conforme publicado, enfatiza que “o cronograma e as obras seguem avançando” e que todas as adequações previstas para a Motiva foram concluídas. A matéria reforça que o ILS permitirá pousos seguros mesmo com tempo adverso, ampliando a eficiência das operações em Londrina.
Conteúdo adaptado da notícia de Dayane Albuquerque, publicada no portal da Prefeitura de Londrina. Leia na íntegra em Blog Prefeitura de Londrina.
No vídeo, Catelli comenta sobre a estratégia adotada em relação ao Aeroporto de Londrina, afirmando:
“A minha intenção foi explorar as fraquezas de Londrina... Quais as fraquezas de Londrina? É a questão da restrição operacional que o Aeroporto de Londrina tem. Ele está no meio da cidade, então não consegue operar certos tipos de aeronaves, né? Uma dessas aeronaves é o A321, que somente a LATAM opera no Brasil. É uma variante maior que o A320, amplamente utilizado por outras companhias aéreas, e Londrina não consegue receber por conta das restrições operacionais. (...) Então, o quê foi feito? Uma negociação diretamente com elas [as companhias aéreas].”
Diante da repercussão, a equipe de reportagem do TMA Londrina entrou em contato com a assessoria de imprensa do Aeroporto de Londrina, que enviou a seguinte nota oficial:
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
Londrina, 23 de outubro de 2025 – A administração do Aeroporto de Londrina esclarece que, ao contrário do informado no último episódio do podcast, o aeródromo está habilitado para operar regularmente aeronaves com código de referência 4C ou inferiores, conforme consta no ROTAER (Manual Auxiliar de Rotas Aéreas), disponível para consulta pública no site do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).
Entre as aeronaves de referência 4C estão o Boeing 737 e os Airbus A320 e A321. Os dois primeiros modelos já são operados regularmente pelas companhias aéreas Gol e LATAM no Aeroporto de Londrina.
Print de trecho do ROTAER disponível no site do Decea (https://aisweb.decea.mil.br/?i=aerodromos&codigo=SBLO#rotas)"
A equipe do TMA Londrina também verificou, por meio dos processos da Motiva junto à ANAC, que a suposta restrição mencionada não consta mais nos manuais e planos oficiais do aeródromo.
Contudo, apuramos que a LATAM ainda mantém internamente uma limitação operacional para o modelo Airbus A321 em Londrina.
O TMA Londrina entrou em contato com a assessoria de imprensa da LATAM Airlines Brasil para esclarecimentos sobre o tema, mas até o momento não obteve retorno.
| "SEI - Sistema Eletrônico de Informação. Imagem: Governo Federal/Brasil" |
![]() |
| "GIF animado com os flashes do sistema ALS. Imagem: Google" |
| "Comprimento ALS e VOR face oeste do Aeroporto de Londrina. Imagem: TMA Londrina / Google Earth" |
![]() |
| "Requisito previsto no RBAC 153 o cumprimento de 900 metros de extensão do sistema ALS. Imagem: TMA Londrina / Google Earth" |
![]() |
| "Flashes ALSF2. Imagem: FAA" |
| "Recorte do Parecer Técnico 371. Imagem: TMA Londrina/SEI-ANAC". |
![]() |
| " VOR Londrina VOR LON 112.400Mhz atualmente inoperate. Imagem: Luiz Carlos Porto" |
| "Teste das luzes do ALS no Aeroporto de Londirna. Imagem: Matheus Carvalho/LinkedIn" |
![]() |
| "Força Aérea Brasileira – FAB. Imagem: FAB". |
![]() |
| "Voo de teste pelo GEIV. Imagme: Divulgação FAB". |
| "A antiga 'Pracinha da Cabeceira 13' recebeu a base de concreto e fiações elétricas para as antenas do Localizer (componente do ILS). Foto: © TMA Londrina." |
O Aeroporto Governador José Richa, em Londrina (SBLO), avança em um dos projetos mais aguardados da aviação regional: a instalação do sistema de pouso por instrumentos (ILS – Instrument Landing System).
O TMA Londrina entrou em contato por e-mail com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) para esclarecer o andamento da implantação. Em resposta oficial, a Aeronáutica confirmou que o equipamento já foi adquirido, encontra-se em processo de entrega no Brasil e não há necessidade de remanejamento de unidades de outros aeroportos.
Leia a mensagem na íntegra (SIC):
“MINISTÉRIO DA DEFESACOMANDO DA AERONÁUTICACentro de Comunicação Social da AeronáuticaSobre a solicitação em comento, cumpre-nos informar que o equipamento ILS que será instalado no aeroporto de Londrina foi adquirido e está em processo de entrega no Brasil, não havendo, assim, necessidade de remanejamento de equipamento de outro aeroporto ou unidade operacional para o aeroporto de Londrina.Nesse contexto, encaminhamos os anexos contrato e termo aditivo, cujo objeto foi a aquisição e instalação do ILS de Londrina.Por fim, o cronograma de implantação do ILS segue as seguintes etapas:1 – Infraestrutura para o ILS – 20/07 a 22/09 – já iniciado2 – Montagem do ILS – 12/10 a 08/113 – Teste em Sítio – Logístico e Técnico – 09/11 a 15/114 – Voo de homologação – 16/11 a 22/115 – Inauguração – 10/12”
| "Instalação da base e tubulações elétricas dos componentes do ILS. Foto: © TMA Londrina." |
O contrato de aquisição foi firmado com a Thales, no âmbito do processo nº 67600.018957/2017-71, envolvendo a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA). Documentos anexos confirmam que o contrato original datado de 2017 sofreu aditivos para recomposição de valores e prorrogação de prazos, alcançando um montante de € 26,8 milhões, dentro dos limites legais da Lei nº 8.666/93.
Embora que o contrato esteja datado no ano de 2017, a CECOMSAER reafirma que os equipamentos que serão destinados ao Aeroporto de Londrina não serão remanejados de outros aeroportos.
Segundo o cronograma fornecido pela Aeronáutica, as etapas previstas são:
A data coincide com as comemorações dos 91 anos de Londrina, ocasião em que está prevista solenidade com voo inaugural assistido pelo ILS, conforme antecipado pelo ministro da Defesa, José Múcio.
| "Torres de luzes do ALS (componente do ILS). FOTO: © Fábio Faria / TMA Londrina." |
A escolha da cabeceira 31, apesar de a 13 ser mais utilizada, foi baseada em estudos técnicos que identificaram menor interferência topográfica no setor leste-oeste. Em condições de nevoeiro e teto baixo, comuns no inverno, a calmaria dos ventos possibilita operações pela cabeceira 31 com maior segurança.
Embora o ILS represente um marco para a aviação regional, a infraestrutura do Aeroporto de Londrina continua gerando debates. Não há, até o momento, projetos claros para a ampliação integral da pista principal, que recebeu apenas 150 metros de extensão, já que o sistema ALS já foi montado no prolongamento da reta de decolagem da pista 13. A falta de taxiways paralelas também limita a capacidade operacional, obrigando aeronaves de médio porte, como Airbus A320 e Boeing 737, a realizarem manobras de 180° nas extremidades da pista, o que reduz a cadência de pousos e decolagens.
Além disso, o movimento de passageiros caiu 11,9% no primeiro semestre de 2025 em comparação com 2024, segundo dados da concessionária MOTIVA, enquanto o Aeroporto de Maringá registrou crescimento de 12% no mesmo período.
União política e investimentos
A conquista do ILS foi resultado de articulação entre lideranças políticas e a sociedade civil organizada. Em encontro realizado em Brasília, o ministro José Múcio confirmou a inclusão do equipamento no orçamento do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e solicitou que a concessionária CCR Aeroportos antecipasse as obras necessárias.
O prefeito Tiago Amaral (PP) destacou que a entrega do ILS representa “um avanço histórico para Londrina e toda a região Norte do Paraná”, enquanto os deputados federais Luísa Canziani e Filipe Barros reforçaram que a instalação é fruto da “união de esforços” em torno de uma demanda antiga.
Dez de Dezembro
Se cumprido o cronograma, Londrina passará a contar, ainda em 2025, com um sistema de aproximação de precisão que ampliará a segurança operacional em condições meteorológicas adversas. A entrega do ILS marca um passo relevante para a aviação do interior paranaense, mas também reacende discussões sobre a necessidade de modernização mais ampla da infraestrutura aeroportuária.
| "Cargueiro McDonnell Douglas MD-11 FedEx pousando - ©SAM CHUI" |
| "Raio de interesse comercial e logístico do Projeto Arco Norte" |
| "Raio do Sítio Aeroportuário" |
| Instituto de Desenvolvimento de Londrina |
Apesar do apoio empresarial e da articulação de lideranças políticas da região, o projeto enfrentou forte resistência de setores ambientais e de parte da sociedade civil. A principal crítica estava na localização proposta: uma área rural ao sul de Londrina, nas proximidades do Parque Estadual Mata dos Godoy, unidade de conservação de Mata Atlântica com alto valor ecológico.
Entidades como a ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE) e o movimento “Arco Norte Sim! Perto da Mata, Não!” alertaram sobre os impactos ambientais que o projeto causaria em uma zona de amortecimento estimada em mais de 3.000 hectares. Os riscos incluíam degradação da biodiversidade, comprometimento de mananciais, desequilíbrio climático e ameaça a espécies nativas da flora e fauna. O Conselho Regional de Biologia da 7ª Região (CRBio-07) emitiu moção contrária à instalação do aeroporto nas imediações da reserva.
Em contrapartida, setores da indústria e da construção civil, representados por entidades como a ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina), defenderam que a localização era tecnicamente adequada, considerando fatores como topografia plana, ventos predominantes favoráveis e proximidade com rodovias de escoamento logístico, além de já contar com parte da área desapropriada e designada por decreto municipal.
Desde então, o Projeto Arco Norte permanece engavetado, sem avanços concretos. A falta de consenso entre os agentes políticos, a ausência de novos estudos ambientais e a perda de tração institucional inviabilizaram sua continuidade. Em um momento em que se discute a saturação da atual infraestrutura aeroportuária de Londrina, a lembrança desse projeto adquire nova relevância, reacendendo o debate sobre soluções logísticas de longo prazo para o Norte do Paraná.
Fontes:
Para entender isso, é importante lembrar um conceito da Geografia: existem dois "nortes".
Como a numeração da pista é baseada no rumo magnético, quando ele muda significativamente ao longo dos anos, os números das cabeceiras também podem ser atualizados para refletir a nova realidade magnética.
Em Londrina, por exemplo, uma aeronave alinhada para decolagem no sentido do bairro Limoeiro verá sua bússola marcar aproximadamente 130°, o que corresponde à cabeceira 13. No sentido oposto, a bússola marcará 310°, correspondente à cabeceira 31. O número da pista é obtido arredondando o rumo magnético para a dezena mais próxima e eliminando o último zero. Assim, 130° vira 13, 310° vira 31.
No caso de Maringá, os rumos magnéticos são aproximadamente 097° e 277°, que se transformam, após o arredondamento, em 10 e 28, respectivamente. Regras de arredondamento são aplicadas: se o rumo termina em 5 ou mais (como 095° ou 275°), ele é arredondado para cima.
Inclusive, cabeceiras de pistas em vários aeroportos já foram renumeradas devido à variação do campo magnético. Isso aconteceu recentemente em Londrina, no aeródromo 14 Bis (SSOK), que passou de 09/28 para 11/29, e em Guarulhos (SBGR), que ajustou de 09L/27R para 10L/28R.
Portanto, da próxima vez que olhar a numeração de uma pista, lembre-se: ela é o arredondamento do Rumo Magnético, a direção que a bússola apontara alinhada ao eixo do pavimento.
![]() |
| Torres do sistema ALS (ILS) no Aeroporto de Londrina. |
A instalação do sistema de pouso por instrumentos (ILS) no Aeroporto Governador José Richa, em Londrina (PR), segue em andamento e já começa a ganhar forma. No prolongamento da cabeceira da pista 31, sentido bairro Limoreiro, é possível observar parte do Approach Lighting System (ALS), o sistema de luzes de aproximação que integra o conjunto ILS.
As torres e luzes instaladas têm a função de auxiliar visualmente os pilotos durante a fase final de aproximação, fornecendo referência para alinhamento com o localizer e o plano de descida (glide slope), dentro de um espaço tridimensional que conduz a aeronave com precisão até os instantes finais antes do toque na pista.
![]() |
| Torre de luzes ALS. |
O equipamento está sendo implementado na cabeceira 31, que opera no sentido leste-oeste. Apesar de a cabeceira 13 ser a mais utilizada nas operações de pouso e decolagem em Londrina, estudos técnicos e econômicos indicaram que a instalação do sistema na cabeceira oposta seria mais viável, especialmente devido à topografia mais desobstruída. A decisão levou em conta também que, durante episódios de meteorologia adversa como nevoeiros, neblina e tetos baixos os ventos geralmente permanecem calmos, permitindo operações pela cabeceira 31.
A instalação do sistema também levanta questionamentos sobre o futuro da infraestrutura do aeroporto. Entre os pontos mencionados por frequentadores e especialistas está a ausência de planos visíveis para ampliação da pista principal no tamanho originalmente projetado, tendo sido executados, até o momento, apenas 150 metros de extensão. Também não há, até agora, informações oficiais sobre a construção de novas taxiways ou a ampliação das vias de acesso às pistas.
![]() |
| Visual do sistema ALS próximo ao VOR Londrina que está inoperante. |
Em entrevistas recentes, o prefeito de Londrina, Tiago Amaral (PSD), garantiu que pelo menos parte do sistema estará em funcionamento até o dia 10 de dezembro de 2025.
Enquanto isso, o Aeroporto de Londrina enfrenta uma queda significativa no movimento de passageiros. Dados divulgados pela administradora MOTIVA mostram que, no primeiro semestre de 2025, houve uma redução de 11,9% no fluxo de passageiros em relação ao mesmo período de 2024, o que representa 48.646 embarques e desembarques a menos. Em contraste, o Aeroporto Silvio Name Júnior, em Maringá (PR), registrou um crescimento de 12% no mesmo período.
A infraestrutura operacional limitada também contribui para gargalos. A ausência de taxiways paralelas à pista principal e a localização das atuais vias de acesso exigem que as aeronaves façam manobras de 180° diretamente sobre a pista para alinhar-se para decolagem ou liberar a área após o pouso, especialmente nas cabeceiras 13 e 31. Essa limitação reduz a capacidade de tráfego do aeroporto, obrigando o controle de tráfego aéreo a aplicar maiores separações entre pousos e decolagens, o que pode gerar atrasos.
A situação é mais crítica para aeronaves de porte médio, como os modelos Airbus A320, Boeing 737 e Embraer 195 de ambas geração E1 e E2, que só podem executar o giro de 180° nas extremidades reforçadas da pista. Já aeronaves menores, como os turboélices ATR ou aviões da aviação geral, conseguem realizar a manobra em qualquer ponto do eixo.